NR6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

Capacitar os colaboradores para o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), garantindo a segurança e a saúde no ambiente de trabalho.

Você já viu alguém usando capacete, luva, bota ou protetor auricular no trabalho? Isso tudo entra na conta da NR6, que é a norma que fala sobre EPI – Equipamento de Proteção Individual.

Mas ela não é só sobre “usar equipamento”. Ela trata de responsabilidade, prevenção e cuidado.

👀 O que a NR6 diz, na real?

A NR6 estabelece que todo trabalhador exposto a riscos que não podem ser eliminados por medidas coletivas (tipo barreiras, sinalizações, etc.) deve receber gratuitamente os EPIs adequados ao risco da atividade.

Ou seja, se o trampo tem risco, o EPI é obrigatório — e é a empresa que banca.

🧱 Exemplos de EPI (tem mais que só capacete, viu?)

A galera pensa logo em capacete e luva, mas olha o tanto de coisa que entra como EPI:

  • Capacete de segurança
  • Óculos de proteção
  • Protetor auricular
  • Luvas (isolamento térmico, elétrico, corte, etc.)
  • Máscaras (inclusive as respiratórias com filtro)
  • Botas e calçados com biqueira de aço ou antiderrapante
  • Cinto de segurança tipo paraquedista (pra trabalho em altura)
  • Aventais e vestimentas especiais
  • Protetores faciais ou máscaras de solda

Tem EPI pra tudo quanto é risco: químico, físico, biológico, elétrico, altura… você nomeia, tem um.

🏭 E quem é responsável por quê?

Essa parte é importante porque muita gente joga a culpa de um lado pro outro. Então vamos deixar claro:

Responsabilidades da empresa:

  • Comprar e fornecer os EPIs gratuitamente
  • Garantir que sejam certificados (com o famoso CA – Certificado de Aprovação)
  • Treinar o funcionário sobre uso correto, conservação e limitações do EPI
  • Exigir o uso durante as atividades
  • Substituir EPIs danificados ou vencidos

Responsabilidades do trabalhador:

  • Usar corretamente o EPI
  • Cuidar e conservar
  • Comunicar a empresa se estiver danificado
  • Participar dos treinamentos

Ou seja, é um acordo de responsabilidade mútua. Não é só entregar o EPI e achar que tá tudo certo. Tem que ter acompanhamento.

📆 Tem validade?

Tem sim! Cada tipo de EPI tem um prazo de validade ou tempo de uso determinado. E isso precisa ser monitorado pela empresa, que também deve manter um registro de entrega — tipo um controle assinado mesmo, mostrando que aquele EPI foi entregue pro colaborador X no dia tal.

⚠️ E se a empresa não cumprir?

Aí complica. Porque o não fornecimento de EPI, ou o fornecimento de equipamento inadequado ou sem CA, pode gerar multa e até ações judiciais, especialmente se houver acidente.

Além disso, o custo de um acidente é infinitamente maior do que o custo de fazer tudo certo desde o começo.

🎯 Por que a NR6 é mais importante do que parece?

Porque EPI não é luxo, é proteção básica.

Tem gente que só entende o valor de um capacete depois que bate a cabeça, ou de uma máscara depois que respira um produto tóxico.

A NR6 tenta evitar isso. Ela entra em cena antes da tragédia, antes do corte, antes do problema. Ela é a norma que lembra: cuidar da vida é parte do trabalho.

Conclusão

A NR6 não é só um checklist pra agradar o fiscal do trabalho.
Ela é um acordo silencioso entre empresa e funcionário: “eu te protejo, você se cuida”.
No fim do dia, quem cumpre a NR6 mostra que respeita o ser humano que tá por trás do crachá.